Este alimento apresenta conteúdo significativo de gorduras, mas há uma distribuição muito interessante entre os tipos de gorduras. Por exemplo, encontram-se gorduras monoinsaturadas (consideradas boas) e gorduras saturadas (consideradas ruins quando consumida em excesso). Então, afinal, será que este conjunto tem um efeito positivo ou negativo?
Estudos indicam que o consumo regular de chocolate, principalmente o amargo, por possuir altas concentrações de compostos bioativos como flavonóides e polifenóis, podem exercer diversos efeitos benéficos à saúde, como neutralizar os radicais livres do nosso organismo, reduzir as concentrações do colesterol ruim e aumentar o colesterol bom, além de reduzir a pressão sanguínea, contribuindo para a prevenção de doenças do coração, sendo esta uma das doenças que mais atingem as populações que seguem um padrão alimentar ocidental.
Por outro lado, já foram realizados estudos que identificaram que indivíduos que consomem diariamente chocolate possuem risco maior de desenvolver menor densidade mineral óssea, ou seja, torna as pessoas mais propensas ao desenvolvimento de osteoporose. Isso provavelmente se deve a alguns fatores como: presença de cafeína (mas ainda não foi conclusivo), presença de oxalato (que inibe a absorção de cálcio), presença de cacau e açúcar (pois aumenta a concentração de insulina no sangue, que faz aumentar a excreção de cálcio pela urina). Foi identificado que o consumo de 100g de chocolate amargo pode aumentar em 147% a excreção de cálcio pela urina. Porém mais estudos são necessários para investigar esses efeitos.
Outro tema interessante relacionado com este alimento é o fato de muitas pessoas sentirem compulsão por chocolate, é o chamado craving, em que os indivíduos têm motivação intensa e periódica de consumir a substância que deseja. Já foi até comparado com o vício por drogas, pois possui substâncias biologicamente ativas relacionadas com sensações psicológicas.
As pesquisas indicam o chocolate como um alimento promissor, indicando um efeito positivo com quantidades de apenas 38g ao dia. Entretanto, apesar de diversos benefícios hoje em dia estudados, o consumo diário ou freqüente de chocolate não deve ser indicado a todos os indivíduos. Inclusive porque dependendo de fermentação e de outros processos de industrialização, algumas substâncias podem ser perdidas, diminuindo ou perdendo seus benefícios. Portanto, uma indicação acompanhada por um nutricionista que poderá tirar melhor proveito dos benefícios deste alimento deve ser realizada para identificar qual opção melhor se encaixa em cada caso. Vale lembrar ainda que todos os efeitos benéficos são atribuídos ao chocolate amargo, que contém uma maior concentração de cacau associada a menor teores de açúcar e gordura. Hoje já há no mercado produtos com maior concentração de cacau, que devem sempre ser preferidos.
fonte: www.vponline.com.br
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